Entrevista com autora nacional Jhully Gabriele

 Jhully Gabriele


Boa tarde,

    Primeiro, desculpe a demora. O Ayrton me avisou que o e-mail já havia sido enviado, mas demorou um pouco para entrar na minha caixa de e-mails.

    Obrigada pela oportunidade! Essa é a minha primeira entrevista e eu estou muito grata. Ao final da entrevista, vou deixar também os links dos meus livros caso queira usar.

 Sobre oque você escreve ?

    Tudo o que eu escrevo gira em torno do mórbido, do sombrio e do macabro. Eu posso escrever uma história de comédia, mas com certeza o final dela será trágico e perturbador. O gênero em que eu acumulo maior número de textos é o terror. Injúria, meu primeiro livro, é um terror sutil, embora à primeira vista pareça uma história romântica. Eu gosto quando o terror se concentra nos pequenos detalhes, quando algo parece levemente errado, até que então todas as coisas estão erradas e tu te perguntas "como chegou a esse ponto?".

 Como você escreve ?

    A minha escrita é um pouco rebuscada. Eu não quero apenas contar uma boa história, mas eu também quero que o leitor seja cativado pela minha escrita, eu vejo arte nisso. Gosto de inventar palavras, usar analogias e repetições. Dependendo da trama, eu posso confundir o leitor de propósito para que ele não saiba em qual lado da história acreditar.

 Qual o seu processo de escrita ?

    Eu sou uma pessoa muito imaginativa e criativa. Eu me pego pensando ou sonhando com fragmentos de histórias, então monto o resto depois. Às vezes eu só penso o início e às vezes eu só penso o final, mas o meio é sempre difícil para mim. Pensar em como fazer para evoluir a história é difícil, então eu tento interpretar meus personagens para entrar mais na história e ter ideias novas.

 Qual sua dica para novos autores ?

    Estudem muito. Pratiquem escrito, desenvolvimento de história e procurem se informar com escritores que já estão no mercado. Não aceitem qualquer proposta de publicação sem se informarem antes, pois existem muitos golpes por aí. Não publiquem a primeira versão das histórias de vocês, deixem elas descansarem um pouco e então leiam de novo para saber se está tudo do jeito que deveria estar. Mas também não se cobrem demais, tenham um tempo para relaxar.

 Como é ser autor de terror no brasil ?

    É um pouco difícil. As editoras preferem lançar livros que fizeram sucesso no exterior, principalmente se for terror. Sem o apoio de uma editora, a gente acaba passando mais tempo divulgando nossos livros do que escrevendo. O alcance é bem diferente também, por isso precisamos apoiar uns aos outros. Algumas editoras nos dizem que não há mercado de terror no Brasil, mas isso é uma mentira. O brasileiro sempre gostou de histórias de terror.

 Em quem você se inspira na sua escrita ?

    A minha maior inspiração é Machado de Assis. Eu amo tudo o que ele escreveu, era simplesmente genial. Mas eu também tenho outras inspirações, como Edgar Allan Poe, Junji Ito e Agatha Christie. Eu busco aprender um pouco mais com tudo o que eu leio.

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